quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Londres como centro mundial no século XVIII


A cidade de Londres sucedeu no século XVIII a cidade de Amesterdão no controlo das rotas comerciais. A cidade de Londres ocupou o lugar de centro da economia mundo. A cidade só obteve este estatuto devido a uma série de fatores de extrema importância, tais como a criação de um mercado interno forte, com poder de compra, criando assim uma alavanca de iniciação ao desenvolvimento industrial e ao desenvolvimento agrícola.
A cidade de Londres detinha um monopólio quase total de todas as importações e exportações de produtos ingleses, criando na cidade uma grande afluência de culturas, bens e principalmente capitais, para criar esta centralização de Londres foi necessário abolir as alfândegas deixando de se cobrar impostos entre as várias regiões da Inglaterra, Escócia e País de Gales.

A Grã-Bretanha possuía ainda um grande império colonial, que se estendia desde do Oriente (Índia e uma reduzida parte da costa Australiana) até à América onde tinha as treze colonias americanas e ainda a zona do Quebeque (ganha pela Grã-Bretanha à França durante a guerra dos sete anos).

Os fatores políticos foram de imensa importância, Londres foi o centro político de toda a Grã-Bretanha. Tanto o parlamento como a coroa se fixaram nesta cidade criando um centro político que durante dois séculos controlará a política mundial. Também as grandes empresas e companhias marítimas vão ter a sua sede na cidade de Londres.

Os fatores económicos que permitiram a centralização de Londres e da Grã-Bretanha como centro do Mundo são múltiplos, dos quais se destacam a afluência de grandes quantidades de matérias-primas, a existência de uma nobreza e de uma burguesia dinâmicas e investidoras permitindo a criação de indústrias, de grandes companhias comerciais e ainda de grandes propriedades agrícolas. A Grã-Bretanha garantiu ainda neste século o monopólio de escravos devido à guerra da sucessão em Espanha.

Os fatores financeiros tiveram uma extrema importância no dinamismo da metrópole de Londres. A estabilização da libra esterlina (moeda inglesa) e valorização do ouro, permitiram aos ingleses prosperar a nível financeiro. A estabilização da libra esterlina permitiu a confiança nos circuitos de crédito, uma vez que assim, os contratos eram válidos e ficavam sempre assegurados. A Inglaterra teve neste século acesso a grandes quantidades de ouro, não só através do Tratado de Methuen, que permitia à Grã-Bretanha receber em ouro os pagamentos efetuados pelos portugueses através da compra de produtos e ainda devido à desvalorização da prata.

O sistema financeiro tinha como centro o Banco da Inglaterra, fundado no ano de 1694, tinha três grandes tipos de operações:
1.      Emissão de Notas – o Banco era aquele que emitia o dinheiro usado nas transações comerciais.

2.      Aceitação de depósitos, operações de transferência e de desconto de letras de câmbio.

3.      Concessão de empréstimos ao Estado e as companhias de comércio.
Ao contrário do Banco de Amesterdão o Banco de Inglaterra vai ter mais funções a nível financeiro, não sendo apenas destinado a conceder empréstimos às grandes companhias de navegação e a grandes burgueses para estes investirem os seus capitais no comércio e nas manufaturas.

Para além do Banco de Inglaterra, nas últimas décadas do século XVIII, vai-se verificar o surgimento de bastantes bancos privados com o intuito de conceder crédito também a privadas permitindo assim o surgimento da revolução industrial. Estes bancos vão ser ainda importantes para a estabilidade a nível financeiro e a nível económico.

Todos este fatores, tanto a nível político, como económico, social e financeiro, vão permitir à cidade de Londres e à Grã-Bretanha garantir a sua hegemonia durante dois séculos.

(texto redigido segundo o novo acordo ortográfico)

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